Os impactos climáticos estão entre os 6 dos 10 principais riscos para o planeta, para as pessoas e para os negócios nos próximos 10 anos, conforme o relatório “Global Risks Report”, do Fórum Econômico Mundial
No último sábado, 22 de julho, tivemos o dia da Emergência Climática. Na data, foi projetado no Cristo Redentor o Relógio do Clima, ou Climate Clock, que marca o prazo para que mantenhamos aumento médio da temperatura terrestre em níveis seguros para a humanidade. Também foram projetados relógios de grande escala em Londres, Roma, Seul, Tóquio e Pequim.
A projeção do Cristo Redentor trouxe também uma novidade: foi a primeira vez que o Relógio do Clima marcou menos de seis anos, trazendo a urgência com que temos que agir. Além disso, a vinda do relógio para o Brasil, que irá sediar a Conferência das Partes sobre o Clima (COP 2030), em 2025, em Belém, também alerta para a importância do país avançar na redução das emissões de efeito estufa.
Os impactos climáticos estão entre os 6 dos 10 principais riscos para o planeta, para as pessoas e para os negócios nos próximos 10 anos, conforme o relatório “Global Risks Report”, do Fórum Econômico Mundial, publicado em 2023, quais sejam: (i) falhas nas ações contra as mudanças climáticas; (ii) falha na adaptação das mudanças climáticas; (iii) desastres naturais e eventos climáticos extremos; (iv) perda da biodiversidade e colapso de ecossistemas; (v) crise dos recursos naturais; e, (vi) desastres naturais em larga escala. Outro ponto é que, conforme relatório do IPCC, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, ligado à ONU, a ação humana é a principal causa para as mudanças climáticas.
Mais do que nunca, é engano pensar que a sustentabilidade diz respeito a abraçar uma árvore ou que a responsabilidade pelo clima é dos governos. O Poder Público tem o papel de estabelecer diretrizes para a sustentabilidade e implementá-la na gestão pública, a exemplo da Política Nacional de Mudanças Climáticas (PNMC), aprovada pela Lei n. 12.187/2009. Aos particulares, a atribuição de pensar individualmente sobre como adotar hábitos de vida, consumo e descarte para um planeta melhor. E, às empresas, a responsabilidade pelos seus processos produtivos e suas consequências no meio ambiente e, também com as partes relacionadas – o que tem sido potencializado com o crescimento do ESG.
Na “Carta aos CEOs” de Larry Fink, da Black Rock, a maior gestora de ativos financeiros do mundo, foi destacado que as alterações climáticas tornaram-se um fator decisivo nas perspectivas das empresas a longo prazo, trazendo a percepção de que o risco climático também é risco de investimento. Ressalta-se, ainda, que esse risco terá impacto significativo e duradouro no crescimento econômico e na prosperidade, mas que o mercado tem sido lento em refleti-lo.
Pela perspectiva das mudanças climáticas, é necessário que haja conscientização e ação, tanto dos líderes, quanto dos colaboradores, para que sejam estruturadas maneiras para o ganho de eficiência energética e redução das emissões dos gases de efeito estufa. Precisamos avançar mais rapidamente para alcançar as metas da Agenda 2030.