Os números preocupam, e não é de hoje. A crise climática faz com que, atualmente, 1,5 mil municípios brasileiros (17% do total de cidades) estejam em situação de calamidade ambiental, lidando com situações climáticas que geram danos extremos, como incêndios florestais ou seca. Os dados foram apresentados ontem (19/08) pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, durante debate da OAB-SP que correlacionou sustentabilidade e direitos humanos.
Entre os mais de 1,5 mil municípios, encontram-se cidades gaúchas afetadas pelas enchentes do primeiro semestre deste ano, assim como locais na região pantaneira que sofrem com a estiagem. Os rios do Pantanal, como o Cuiabá, têm seus leitos com níveis lamentavelmente históricos, com apenas 45cm de profundidade registrados hoje no rio mencionado.
Não é mais possível postergar a urgência do debate sobre a sustentabilidade em nosso país. Poder público, setor empresarial e sociedade civil organizada precisam debater práticas sustentáveis que confrontem a crise atual com a gravidade que ela oferece.
Depois de amanhã (22/08), tomará posse na presidência do STJ o ministro Herman Benjamin, uma das maiores autoridades mundiais do direito ambiental. As instituições brasileiras precisam prosseguir agindo com rigor diante dos desafios da crise climática.
As empresas brasileiras também precisam investir cada vez mais em práticas sustentáveis, algo fundamental para obter respeitabilidade junto ao público nos dias atuais. Lembre-se: um em cada três consumidores só compra com empresa limpa. Esse é o maior desafio do nosso tempo.
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